Bella & Bronco - Uma Dupla Explosiva

A série “Bella & Bronco” surgiu nas bancas italianas em julho de 1984, criada por Gino D'Antonio, logo após a conclusão da série “Storia del West” (“A História do Oeste”). Misturava faroeste, ação e comédia. Além de cuidar dos roteiros e das capas, D'Antonio desenhou o primeiro episódio.

Cada álbum trazia na segunda capa aquilo que os americanos definem como “pin-up”, ou seja, um desenho de D'Antonio em página inteira, uma charge onde Bella e Bronco apresentam a aventura que será lida e resumem o que aconteceu antes, porque as histórias, ainda que autoconclusivas, eram ligadas umas nas outras: a aventura iniciada no número 1 termina, parcialmente, no número 3; aquela iniciada no número 11 termina no número 13. (Na edição brasileira não tivemos isso).

Diversos personagens coadjuvantes apareceram na série, mais ou menos fixos, extremamente caracterizados: o agente da Pinkerton, Hasselmann, duro mas bonachão, extremamente sensível à beleza de Bella; o russo Popoff, um inventor ao estilo Ícaro La Plume, porém mais aculturado e sortudo; o capitão sulista Prince, extremamente ligado aos acontecimentos da guerra; o negro Pitagora, pronto a chorar pela sua condição de “colored” mas, sempre que lhe surge a oportunidade, de se transformar em tirano; a capitã Raquel, outra mulher, extremamente fascinada pelas invenções de Popoff e seguramente agradável; Padre Pierre, o salesiano que criou Bronco, um homem de igreja extremamente prático.

As aventuras são ambientadas nos Estados Unidos, num período histórico bem preciso, durante a Guerra de Secessão, 1862. Inicialmente, as histórias são ligadas aos acontecimentos da guerra, mas depois seguem caminhos diversos. Como é o Oeste, há troca de tiros, há os índios, os chineses, o cárcere, a metralhadora Gatling: aventuras clássicas, porém sempre descritas com uma sutil ironia, que acompanha as histórias desde a primeira página e que freqüentemente permite ao autor aliviar a dramaticidade de certos acontecimentos.